Espelho meu, existe alguem , como eu?

Em certas empresas gostam muito de usar o termo polivalência, na necessidade que existe em que as pessoas tem que ser flexiveis, tipo impressoras multifunções. Nada que eu discorde totalmente.
 Mas o que eu acho é que todos os seres humanos referenciados como pessoas que se portam mal, mentem, enganam, traem e prejudicam outrem , deviam ser obrigados a conviver um dia com eles próprias, tipo espelho , passar um dia inteirinho com eles , de mão dada, que os acompanhasse, para todo o lado, em tudo o que fizessem , conseguisse  reflectir-lhes os defeitos que elas próprias nem sabem que têm.

Deviam falar os dois ao mesmo tempo, a pessoa e o espelho, para sentirem o que é não serem ouvidas, deviam mentir um ao outro para sentirem o que é ser enganado, deviam surpreender-se um ao outro quando descobrissem que nem sempre são o que acham que são, a perfeição , a pureza e valores morais que apregoam .

Podiam passar por uma situação de aflição, onde lhes fosses retirado o que de mais sagrado tem na vida , que de repente lhes tirassem  o chão que pisam, e que em pleno sufoco ,descobrissem que afinal existem muitas diferenças entre o ser e o parecer.E no fim, no finalzinho do dia, olhariam-se para o espelho e assustariam-se com o que viam ,doentes, pessoas muito doentes!.
Correriam para o médico mais próximo , que  de certeza lhes prescrevia  a seguinte receita :

“ Doentes a necessitar urgentemente de injecção de bom carácter e 5 toneladas de pensos rápidos para as feridas que não param de sangrar, sempre que se enganam a eles próprios”
*Podem ter a certeza que quando sentir necessidade , já tenho um espelho na mala!