terça-feira, março 30, 2010

Tu ,que estás aí em cima!

Vou-me confessar e ao mesmo tempo pedir perdão . Tu, que estás aí em cima, perdoa-me o facto de não fazer todas as merdas que devia ter feito. Graças a ti não fiz nada do que era justo, desculpável, até normal fazer, senão....teria de pedir-te perdão em rezas suaves de prestações sem juros. Agradeço teres-me dado quando nasci todo o descernimento que precisei agora para não fazer asneiras que conseguia pensar, pois eu já era muito superior a isso. Agradeço ainda todas as que levei na tromba por conta de ser burra, por gostar , por não saber dizer que não, por achar que consigo fazer tudo, por abarcar o mundo e depois me faltarem as pernas para andar.


Mas tu escreves certo por linhas tortas e trinta minutos depois lá estava eu na asneira seguinte aquela que garantiu definitivamente que esta semana estava condenada ao titulo de «quanto poderias ter sido cabra em 5 meses e não foste ». Claro que tu és sábio e eu uma aprendiz com laivos de burrice crónica, cegueira persistente e parvoíce endémica. Deste -me muitos avisos, não diretos, por entre linhas...Mas eu lá fui, segura que neste período onde a falta de dormir e o excesso de confiança fazem parte de toda a mobília da minha vida , não iria tropeçar e que a bengala da experiência de vida seria suficiente.Tonta, certo?

*Foto de Francisco Raminhos
Por antecipação peço-te perdão pelo que ainda aí vem e não te prometo nada pois o meu crédito ameaça a bancarrota. Claro que é bem bom ter alguém aqui ao lado para partilhar tudo isto ,como os meus amigos , a minha familia que me dizem que tudo vai ficar bem e que amanhã posso começar uma nova vida evitando assim que te chateasse com as minhas 'cenas'. Mas isso já seria pedir muito.Há dias assim, onde sai -me tudo mal . A semana passada foi assim . Desculpa lá qualquer coisa... Mas sabes, se um coração inteiro é capaz de muitos amores, o meu partido não tem vontade de gostar de ninguém. Pouco se importa contigo. Não te pensa nem deseja notícias. Não te sente nem dispende nenhum batimento na insensibilidade que te demonstra sempre que lhe acenas.

Se noutros tempos a energia jorrava para te encontrar, hoje queimaria demasiadas calorias só para te responder. Estou cansada.E no seguimento de tanta queda, em sitios sem chão , enquanto fui ali tentar ser feliz, o coração tem respondido com um compasso de espera de onde nem uma golfada de sangue sai. E confesso que, no anseio por um desfecho, a indiferença prevista estava longe deste descaso no qual prefiro a solidão ao muito pouco que me tinhas para oferecer.

2 comentários:

  1. Anónimo15:47

    No meio disto tudo, ainda teve sorte em seres como és. Não sabia é que alem de deficiencias graves na personalidade, era cego...
    1 ABRAÇO FORTEEEEEEEEEE
    João

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  2. Rita23:12

    Às vezes há mesmo que fazer sair a cabra má e cega que há em nós... Pelo menos dá para limpar a alma. Mas como tu não és assim, ainda tens de levar com as pancadas da verdadeira cabra montesa!! A da montanhas, lá...lá longe! Um beijo, estou de olho em ti

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